sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

E se...

Vencida a minha preguiça que me prendia desde a época do Natal eu finalmente venho aqui falar sobre um tema que me ocorreu tempos atrás: aventuras e campanhas do tipo “e se...?”
Mas, antes de começar a falar sobre isso, expliquemos, contando uma história (ei, eu sou um mestre, preciso fazer isso), de onde veio a idéia.
No RPG você pode
Desde que comecei a mexer com RPG (quem dera poder dizer que trabalho com RPG) eu digo uma coisa que para mim é a parte legal para os jogadores: no RPG você pode ser o que quiser. Um jogador de futebol que sonha jogar pela seleção do Azerbaijão, o homem-das-cavernas que inventou a palavra “oi”, o soldado romano que perfurou o peito de Cristo... sua imaginação (e a bondade do mestre) é o único limite.
- Ei, Elfo, mas se eu posso ser o que eu quiser, então eu também posso ser quem eu quiser, certo?
Yes, you can!
- Então eu quero ser Gandalf, o Cinzento!
Okay, mas você vai morrer em Moria...
- Mas por quê? Ç.ç
E se... Guerra Civil
Okay, depois de muitos anos com essa definição do que se pode ser no RPG, eis que no Natal passado eu baixe da internet uma edição da série E se... da Marvel Comics. Nela, Tony Stark via quais seriam as conseqüências na sociedade super-heróica se ele tivesse morrido antes da aprovação da Lei de Registro e se ele tivesse conseguido convencer o Capitão América a se registrar.
E é aí que o nosso tema entra.
Então você quer jogar como Gandalf, mas seu mestre diz que inevitavelmente você vai ter que morrer lutando contra o balrog de Moria, simplesmente porque está assim escrito n’A Sociedade do Anel. Mas se no RPG você pode ser o que quiser e ser quem quiser, então por que você não pode fazer o que quiser?
Pois é, esta é uma dica para mestres que não estão com nenhuma boa idéia pra próxima campanha. Que tal pegar aquele livro, game ou filme e colocar os jogadores controlando os personagens da trama (ou seus próprios personagens em substituição)?
Para mostrar como a liberdade de escolha do RPG pode criar algo completamente novo de uma história já pronta vamos ver o que aconteceu em duas simulações que fiz desse tipo.
Ei, Gandalf, onde está o anel que o Bilbo me deixou?!
Começamos o role-play logo após a festa de onzenta e um anos de Bilbo, no diálogo entre ele e Gandalf em Bolsão. Usando as estatísticas de jogo da Universo Fantástico de Tolkien #4 Bilbo acabou conseguindo deixar o Condado levando consigo o Um Anel (com um bem sucedido teste de Blefar contra Gandalf).
Na época da festa o caminho até Valfenda ainda era seguro, de modo que Bilbo chegou em segurança lá, levando o Anel. Anos mais tarde, Gandalf finalmente confirmou que o anel de Bilbo era o Um Anel, mas nisso eles estavam em Valfenda e não no Condado (onde Frodo, sem saber o porquê, era perseguido pelos Cavaleiros Negros).
Sem ir ao Condado falar com Frodo, Gandalf não encontrou Radagast perto de Bri e não foi avisado de que Saruman desejava vê-lo (e, portanto não foi aprisionado no alto de Orthanc).
Com o Anel já em Valfenda e os Cavaleiros Negros já agindo do outro lado do Baranduim, Elrond convoca o Conselho mais cedo e forma uma comitiva completamente diferente: Bilbo deve levar o Anel até a Montanha da Perdição para destruí-lo, Aragorn o acompanha, pois este é o grande momento de encarar seu destino, e Gandalf é escalado para liderar a Sociedade. Pronto! Gimli, Legolas e Boromir só chegariam em Valfenda semanas depois da comitiva partir. Outros seis indivíduos foram escolhidos para acompanhar Bilbo, três humanos e três elfos.
Sem saber que Saruman era um traidor, a comitiva tomou o caminho mais óbvio para o Sul, passando por Rohan. Ali, completamente desprevenidos, eles foram apanhados pelo exército de uruk-hai do mago branco. E daí pra frente os eventos só se distanciariam cada vez mais do livro.
Como você pode ver, um simples teste de Blefar permitiu ao mestre criar uma história quase que completamente nova da Saga do Anel.
Kai-oh-o-quê?!
Nesta usamos as fichas de Dragon Ball Z da Dragão Brasil #93.
Raditz chega à Terra em busca do irmão Kakaroto, mas antes de encontrá-lo ele se depara com Piccolo. O jogador, usando a vantagem Separação, consegue causar algum dano antes que Raditz detecte o poder de luta de Goku.
Já enfraquecido, Raditz, mais tarde, acabou não dando conta do poder combinado de Goku e Piccolo. Resultado? Goku não morreu e conseqüentemente não foi treinado pelo Sr. Kai-oh. Gohan foi treinado pelo pai, se tornando, ao final de um ano, muito mais fraco do que na saga orginal.
Vegeta e Nappa chegam ao planeta com o objetivo de dar uma lição no saiyajin rebelde (como Goku não morreu, Piccolo não citou as Esferas do Dragão para Raditz). Sem ter mais nenhum mestre na Terra que pudesse ensinar algo novo para Goku, este acabou não aumentando seus poderes de modo que pudesse, sequer, dar conta de Nappa.
Como resultado os Guerreiros Z foram massacrados e Vegeta e Freeza morreram de velhice sem nunca saber que poderiam se tornar imortais indo para Namekusei...
Concluindo
No final, o mestre sempre tem onde pegar uma campanha ou aventura pronta. Basta revirar aqueles livros que você ganhou de aniversário, o DVD (original, diga não à pirataria) daquele filme do raio que você viu no cinema ou aquela revista de videogame com o detonado de Chrono Trigger para Super Nintendo.
O resultado pode até não ser o melhor, mas certamente será interessante para os jogadores que conhecem a versão original e que começarão a imaginar em como podem corrigir as decisões mal tomadas pelos personagens originais.
E é isso!
Almarë, melloni!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O lamento de Erion Samwise

Olha só o que achei aqui nos rascunhos salvos e não publicados do blog o.o
Esse é o ponto em que as minhas histórias pra ASM entram em total divergência do que qualquer coisa que o Nicholas permitisse que eu fizesse xD
Também é um ponto em que serve de início pra um universo totalmente novo que eu adoraria aproveitar pra outras histórias e que eu provavelmente vou usar. Mas, enquanto eu organizo as coisas aqui, fiquem logo com o micro-texto.
E então tudo acabou. A fumaça insistia em entrar pelas minhas narinas e descer lentamente até meus pulmões. A carne nos corpos espalhados pelo que antes era uma floresta creptava junto das antes frondosas árvores, agora. Agora só se via isso, o cinza da fumaça e o vermelho das brasas.
Sempre soubemos que isso iria acontecer. Mas é realmente uma lástima que tenha recaído justamente sobre mim a tarefa de fazer isso. E mesmo todas as histórias sobre guerra e atos heróicos que meu pai contava pra mim nas poucas horas que passávamos juntos da minha infância não poderiam me preparar para algo como aquilo.
Toda a minha vida estava agora morta, bem ali, na minha frente. E eu sentia o cheiro dessa morte. Não havia mais elfos. Não havia mais Rainha ou Cidade Oculta. Só havia fumaça e brasas. E então uma mão no meu ombro, me acordando, brevemente, daquela cena.
Almarë, melloni!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

De volta de novo [falling in love again]

Ayia, melloni!
Quase 7 meses depois, eu volto a escrever por aqui. Muita coisa aconteceu nesse meio tempo: não estou mais namorando (e na verdade eu acho que nem disse aqui que estava namorando), fui contratado (com direito a carteira assinada e 13º), voltei a jogar RPG com regularidade, fui na Feira do Livro, cheguei ao cúmulo de gastar mais de R$ 800,00 em um mês...
Muita coisa, mas a vida, na verdade, estava bem sem graça desde que terminei com a Rapha. Tenho tido sérios problemas em definir minhas prioridades: o estudo tem sido desanimador (talvez, em parte, por estudar com alguém em especial que não quer papo comigo), o trabalho, mais estressante que animador ultimamente, tem tomado muita atenção, o RPG se torna complicado de organizar, o Inglês extremamente prejudicado pelos novos horários, o TCC chegando na esquina da minha porta... E agora, as provas, bem no meio de tudo isso.
E o Natal vem chegando, a gente pensa em tudo que aconteu do ano passado pra cá e vê que, de novo, eu vivi quase que uma vida em um ano... E em julho, depois das tantas vidas que eu vivi, eu comecei a lembrar de uma velha, e percebi que realmente sentia falta dela, e o quão bem eu me sentia nela.
Agora, em épocas de amigas e mais amigas especiais fazendo vestibular, eis que essas lembranças voltaram ainda mais fortes...
E o que me fez escrever de novo aqui foi justamente isso. Estou apaixonado de novo, e esse "de novo" tem um sentido duplo.
Por um lado é um sentimento bom. Ótimo, na verdade. Me faz lembrar muito daquela sensação, quando eu me senti vivo, de fato, pela primeira vez. Por outro, me deixa um pouco irritado ou pra baixo. Quando fico apaixonado eu me torno bobo feito uma criança u.u
Já não sou o mais paciente dos seres humanos, pensando que nem criança então... me afobo, acabo agindo sem pensar e sem ouvir os outros...
Não sei se ela já notou, e se notou eu não sei o que ela pensa. E, como o garoto que eu era 4 anos atrás, não sei o que fazer nem como fazer. Fico dividido entre o que eu quero, o que eu acho certo e o que as pessoas me dizem. Os conselhos me motivam, mas será que eles não são simplesmente inspirados na minha sensação de que pode dar certo? Será que esse é um momento adequado (pra mim e pra ela) pra provocar o caos que isso vai gerar?
Não sei o que fazer. Escrevi só porque queria escrever um pouco sobre isso, sei lá.
Outro dia eu tento postar algo mais interessante xD
Almarë, melloni!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Dos RPGs pela internet

Aya, melloni!

Meio parado isso aqui, hein? Essa semana (ou na passada, sei lá) joguei uma seção de RPG com o Luíz pelo iRPG. Como ele disse, a experiência não é a mesma de se jogar sentado numa mesa, cara a cara. No entanto, ao contrário da opinião dele, pra mim a sessão foi um sucesso e saiu do jeito que eu esperava (até melhor, já que meu humano-ranger-das-planícies derrubou 4 anões sem sofrer um arranhão).
Depois dessa sessão comecei a dar uma olhada com mais calma no site do iRPG, ver algumas salas e achei que seria uma boa tentar algumas velhas idéias...
Algumas delas são:
1. Pokémon: minha homenagem pendente ao jogo que me apresentou a sigla RPG. Mas deve ser cansativo coordenar vários jogadores independentes viajando por um continente usando centenas de bichos que eu não conheço mais tão bem assim;
2. Magibol: a insana idéia de fazer um RPG mais ou menos organizado desse esporte que eu adoro criado pelo lendário BURP (acho que é esse o nome da figura);
3. Fantasia medieval: um RPG normal, em algum cenário interessante e que eu conheça bem (Tormenta, Senhor dos Anéis ou Reinos de Moreania), só pra variar;
4. Supers: algo no estilo Marvel pós-Guerra Civil ou parecido com o incrível Marvel 1602 do mestre Neil Gaiman;
5. Escola de aventureiros: algo parecido com as escolas de Harry Potter, mas com mais opções de personagens, afinal, não dá pra se vencer tudo só com magia;
6. Harry Potter: depois de tanto tempo jogando só RPG disso eu ainda tenho vontade de fazer algo no estilo, mas como meu próprio estilo. As tentativas anteriores (Hogwarts XI e Hogwarts d20) não deram certo, mas acho que agora tenho idéias suficientes pra criar algo que vá pra frente!
Em todos os casos as dificuldades são as mesmas: tempo e paciência...
Em vossas opiniões, qual das idéias seria mais interessante pra se jogar usando o iRPG?

Almarë, melloni!

domingo, 6 de abril de 2008

A arte de contar histórias

Aya, melloni!

Nicholas me pediu um post em homenagem à ele pelo aniversário e tals mas... sei o que escrever não xD

Aliás, falando em escrever, ultimamente eu ando ficando encantado com histórias. Acho que desde que eu (finalmente) assisti Os Filhos da Esperança. Os filmes, quando bem escritos, dirigidos e com bom atores, são uma ferramente fantástica pra se contar uma história. Todas aquelas cores, expressões faciais e sons fazem você entrar no clima da história.

A música também faz isso com suas melodias que inspiram os sentimentos (a trilha sonora d'O Senhor dos Anéis consegue mudar meu humor conforme o ritmo dela, sendo um ótimo calmante =]). Nos textos é um pouco mais difícil, mas também acontece. Como na passagem n'As Duas Torres em que o Frodo, o Sam e o Sméagol estão próximos aos portões de Mordor e um nazgûl se aproxima, fazendo com que o inútil Frodo quase ponha o Anel no dedo. Apesar de ter lido o livro 4 vezes sempre ainda fico com um frio na barriga quando leio esse trecho.

Nós, mesmo sabendo que não somos o cantor ou o personagem ali, acabamos, vez ou outra nos identificando.

E aí acontece a mágica. Acabamos sentindo coisas que não sentiríamos de outra forma não fosse através de uma história bem contada. Sentimos a falta da esperança de um mundo onde ninguém nasce há 18 anos, a dor da separação no fim de um relacionamento na melodia de uma música, o medo de ser capturado por um ser maligno que você não pode enfrentar.

Todos nós gostamos de ouvir histórias, independente da mídia. E que haja sempre alguém disposto a contar suas histórias ao mundo.

Almarë, melloni!

quarta-feira, 19 de março de 2008

O Último Som

O texto abaixo se passa depois que o sonho do penúltimo post se concretiza, mas acho que só pelo que acontece aqui isso não fica claro... De qualquer forma é uma parte que já estava "escrita" na minha cabeça há muito tempo (bem antes do conto do Morfeus com o Delfos).
Isso tudo faz parte de uma história que eu bolo desde que estava lendo o Senhor dos Anéis pela primeira vez (já li quatro vezes) e que espero poder terminar um dia xD
Espero que gostem!
Almarë, melloni!

Finalmente acabara. O último orc caiu longe e um silêncio tumular se fez naquele campo de batalha. Leon olhou ao redor. Para todos os lados se via apenas cadáveres, alguns cortados pela lâmina da sua espada, outros perfurados por flechas ou lanças perdidas, outros esmagados pelos pedaços de pedra que se ergueram depois do último golpe. A Última Onda do Dragão.
Mas agora ele estava exausto. Deixou o sabre orc cair, o mesmo que atravessara seu estômago, e pensou que gostaria de nunca precisar tê-lo usado. Depois fincou novamente a ponta da lâmina de sua katana no chão e se sentou como uma criança observando o horizonte à procura de fadas.
Então ele percebeu um vulto se aproximando. Estava longe demais para que pudesse saber o que ou quem era. Ou talvez fosse apenas sua visão falhando. Sim, provavelmente era isso, porque lentamente tudo escurecia enquanto ele ouvia apenas sons que pareciam gritos.
Mas o que era aquele vulto já não importava mais. Seus braços não conseguiriam desferir mais nenhum golpe e suas pernas não suportavam mais o peso do corpo pra ficar de pé ou se esquivar de qualquer ataque. E ele esperou. Pacientemente. Até que finalmente percebeu que o vulto corria e se vestia de branco.
Teve a esperança de que fosse um clérigo e que poderia ser curado de alguns ferimentos. Então poderia ser levado até uma cidade ou vilarejo e descasar até recobrar todas as forças. E depois disso ele procuraria seu antigo mestre e treinaria exaustivamente, até que se tornasse poderoso o suficiente para derrotar Erion.
Erion, ele pensou. Como ele podia ter feito tudo aquilo? Por quê? Tantas vezes Leon havia sido salvo da morte por ele. Se perguntava se era realmente seu amigo que agora iniciava uma ditadura sobre o Reino do Oriente. E enquanto se perdia nessas idéias o vulto se ajoelhou diante dele, segurou seus ombros e lhe chamou pelo nome duas vezes em meio a soluços.
Ele reconheceu aquele rosto molhado e a voz desesperada. Era Anne. Tentou dizer algo, mas sua voz se recusou a sair da boca. E então ele ouviu outra voz.
– Está na hora de nós irmos, Leon – disse a mulher atrás de Anne.
Leon olhou para ela e a reconheceu de imediato. Era a mesma mulher que apareceu para levar o corpo de May no dia em que ele a matou. Ela se abaixou e o beijou no rosto. Ele então sentiu como se todos os seus ferimentos tivessem sido curados e agora apenas seu corpo estava cansado.
– É... você...?
Anne olhou para trás e depois afundou o rosto no colo de Leon chorando. E a mulher lhe respondeu sorrindo.
– Sim, sou eu. Eu vim lhe buscar para ver os outros. Temos que lhe dar algumas explicações antes do fim.
Ele sabia que aquilo era o fim. Sabia que ela era a Nix, a Deusa da Morte. E o sorriso dela seria irritante para qualquer pessoa que a visse assim, diante de uma pessoa que sabia que iria morrer em poucos minutos, não importava o que fizessem. Mas aquele sorriso não incomodou Leon. Na verdade, o tranqüilizou. Sentiu que finalmente poderia descansar, livre de todas as dores e preocupações da vida.
E ela lhe estendeu a mão. E quando ele a segurou, seu corpo voltou a doer, seu estômago cheio de sangue tentou mandar tudo que havia nele para fora. Leon quis vomitar, mas se conteve. Segurou com firmeza o cabo da katana e olhou para Anne, que ainda chorava.
– Não se preocupe – disse Nix –, ela irá conosco também.
E a visão dele apagou-se de uma vez e ele apenas pôde ouvir o choro de tristeza da amiga enquanto seu corpo se entregava ao cansaço pela última vez naquela vida.

quinta-feira, 13 de março de 2008

5 passos para a Morte

Aya, melloni!
Pouca gente sabe (pelo menos do meu ponto de vista e conhecimento), mas eu não estou mais namorando.
Já vai fazer 3 semanas, que foram carregadas de momentos ruins.
Na primeira semana eu simplesmente não consegui fazer nada direito e minha principal ocupação foi ouvir música sem parar para não pensar no assunto.
Na segunda, um pouco (mas só um pouco) melhor, qualquer coisa que me fizesse lembrar do assunto vinha acompanhada de um terrível frio na barriga, que só passou depois que conversei um pouco sobre isso com o Drummond e com a mãe da Taís.
Essa semana já estou relativamente bem, ainda que meio pra baixo. Até sair da diCasa (onde estagio) hoje.
Na hora estava passando pela frente da loja uma garota de bicicleta, com um sorriso que transmitia bom humor e despreocupação.
E ver essa garota passando assim, tranqüila e sorridente, entre os pedestres me fez lembrar que a vida não é chata. Só precisamos aproveitá-la.
Isso me levou ao episódio que assisti do House (na TV aberta Dr. House, acho) em que ele fala sobre os cinco estágios da morte: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação.
Conseqüentemente fui levado a pensar nas 5 edições que mostram cada um desses cinco estágios do ponto de vista de diferentes heróis sobre a morte do Capitão América.
Embora não tenha havido mortes, meio que passei por esses estágios.
A tentativa da minha mente de negar que isso havia acontecido, mantendo meio que em segredo; a raiva que veio quando eu e ela tivemos nosso primeiro "contato" depois; a tentativa de falar com ela para fazer algo para voltarmos; a depressão de não ter mais ela pra conversar e fazer besteiras.
E finalmente a aceitação do que aconteceu. A aceitação de que a vida continua e que tenho amigos, família, uma universidade e um trabalho (entediante, mas ainda assim um trabalho).
E tudo isso passando pela cabeça ao som de Put Your Records On, de sei lá qual é o nome da francesinha lá.
Então é isso, acho.
Obrigado a você, Taís, que não vai ler isso, pelos quase 19 meses que me aturou e ficou ao meu lado, me dando alegria e me ensinando muito sobre mim mesmo.
Obrigado aos meus amigos que me deram apoio nessas duas semanas e meia difíceis que passei.
E que a vida continue!
Almarë, melloni!
P.S.: pouco depois a menina da bicicleta quase me atropelou u.u'